A exploração da agropecuaria e seus efeitos na atmosfera

A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL PARA A AGROPECUARIA NO BRASIL E SEUS EFEITOS NA ATMOSFERA

 

 
Aloizio Ribeiro

Daniel Araujo

João Victor Bonfim

Patrícia Araújo

Lucas Felipe

Natalia Anjos




 

RESUMO
Neste artigo será discutido o crescimento populacional, e como esse aumento afetou no desenvolvimento da agricultura expandindo sua industrialização, originando um modo mais lucrativo e produtivo de se plantar. Mostrando os pontos positivos e negativos dessa expanção e industrialização, na população e na atmosfera e sua ligação com a degradação ambiental.


ABSTRACT
This article will discuss population growth, and how this increase affected the development of agriculture by expanding its industrialization, leading to a more profitable and productive way of planting. Showing the positive and negative points of this expansion and industrialization, in the population and especially in the atmosphere.

PALAVRAS CHAVES: Crescimento populacional. Agronegócio, Atmosfera, Ciclo de chuva.

 

Chegando ao século XXI com toda força, o crescimento da população e a necessidade do desenvolvimento da agricultura, tem acelerado o processo de industrialização do campo. Para atender a demanda, a agro indústria não tem poupado esforços, utilizando quaisquer meios para aumentar a sua produtividade. A agro indústria utiliza do modelo tradicional da agricultara que além de ser lucrativa, consegue produção suficiente para suprir a demanda da população. Porém esse modo da agricultura, começa a demonstrar falhas graves a longo prazo.


O CRESCIMENTO DA POPULAÇAO E A NECESSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA.
A natureza vem desde sempre suprindo as necessidades humanas, nos primórdios das existências de forma simples restringia-se somente à alimentação, porém ao deixarem suas condições de nômade devido ao descobrimento da agricultura, o ser humano precisou criar e desenvolver técnicas que pudesse suprir as novas circunstancia de seu estilo de vida, agora não era apenas colher da natureza, era necessário produzir e assim o homem começou a exigir mais do meio natural. Ao longo dos anos com o aumento da população mundial eram exigido cada vez mais areias maiores para a produção de alimentos e técnicas de cultivo que aumentariam a produtividade da terra, florestas deram lugar para as lavouras, criações de diversas espécies de animais e vegetais são aderidas.

Até chegar à era industrial a degradação ambiental tinha uma escala quase que nula, porém inevitavelmente a era avançou; o processo de expansão populacional continuava crescendo, que por sua vez, reforçava a teoria malthusiana que a fome seria um dos principais agentes para o controle populacional de toda sociedade. Em resposta a isso vivenciamos no século passado a Revolução Verde, liderada pela Europa e os EUA. Movimento que auxiliou na expansão do uso de insumos industriais intensivos, mecanização no setor agrícola que até então era de grande maioria manual, e que gerou uma redução nos números de funcionários e também de custos para os investidores da agro indústria, que contavam com os avanços biotecnológicos, fertilizantes, técnicas de plantio, irrigação, colheita entre outros desenvolvimentos em máquinas especializadas. Bem gerenciada a produção agrícola formará um grande desenvolvimento da produção de produtos homogêneos, resultando em um grande desempenho agrícola mundial.


O processo de industrialização do campo e a origem do agronegócio.
Como dito anteriormente, o pontapé inicial da industrialização do campo se deu na chamada ''revolução verde'', criada inicialmente com a proposta de eliminar a fome em países em com subdesenvolvidos. Segundo seu criador Willian Gown ''"é a Revolução Verde, feita à base de tecnologia, e não do sofrimento do povo".

O projeto foi financiado pelo grupo Rockfeller, que utilizava o discurso ideológico de um aumento da produção para a eliminação da fome do planeta. O grupo patrocinou o projetos em países como (México, Filipinas, EUA e no Brasil). O projeto utilizava a tecnologia para o melhoramento do solo, e principalmente nas sementes, que seriam mais resistentes a pragas e, utilizadas junto com agrotóxicos, fertilizantes e máquinas. Aumentando assim, sua produção e lucro. Esse projeto deu origem a industrialização da agricultura que por sua vez, originou o agronegócio.

Apesar da proposta de uma maior produção sob um menor custo ter se concretizado, o problema da fome não foi resolvido, já que a maioria das produções na verdade, foram destinadas para importação a países desenvolvidos como (Japão, EUA e países Europeus). Outra grande mudança foi no sistema agrário, pois pequenos produtores que não conseguiram se adaptar a essa modernização, tiveram que abandonar o campo (normalmente vendendo sua terra para grandes produtores na intenção de conseguir pagar suas dívidas). Já trabalhadores que faziam o trabalho manual em sua grande maioria ficaram desempregados. Ambos acabaram indo para os grandes centros urbanos. Essa alteração no sistema agrário atingiu o Brasil, gerando uma grande aglomeração da população nos centros urbanos a partir das décadas de 70, que gerou grandes problemas como o desemprego, aumento da criminalidade e precarização do serviço dos serviços públicos.


O agronegócio é um agente de desequilíbrio ambiental?
O agronegócio apesar de ser muito bom no sentido econômico, principalmente para os grandes proprietários e para a economia do país, tem grandes problemas no sentido ambiental. O primeiro problema é que esse sistema de agricultura não visa agradar o cliente e sim os seus fornecedores, gerando um enfoque maior na produção e no lucro, e menor preocupação com os danos que podem ser gerados no ambiente e até mesmo seus consumidores. Outro grande fator é o desmatamento de florestas para a utilização de monoculturas, como o desmatamento na Amazônia e cerrado para o plantio da soja. Esse desmatamento para maior produção gera perda de biomassas dos biomas, perca na cobertura vegetal natural da área e inevitavelmente um desequilíbrio e diminuição dos ciclos biogeoquímicos, principalmente do carbono e água. Tudo isso gera um grande aumento no aquecimento global, ou seja aumentando cada vez mais a temperatura da Terra, e alteração nos ciclos de chuvas, com um grande aumento de chuvas em determinadas áreas e a escassez da mesma em outras.

Além dos problemas causadas a atmosfera o agronegócio causa também grandes riscos ao solo, uma vez que a monocultura e a produção intensiva no solo, tira rapidamente os nutrientes do solo, outro fator é a irrigação, já que a mesma acelera em muito a salinização do solo e das águas subterrâneas e superficiais. Como se não bastasse esse desgaste no solo, após os solos serem totalmente inutilizáveis, os grandes produtores utiliza-os para a agropecuária, no Brasil, geralmente são utilizados para a criação de gado, que compactam o solo ao se deslocarem e acabam dificultando a penetração da agua no solo que pode acarretar uma desertificação no solo ou até mesmo na área (o gado ainda libera o gás metano, que por sua vez contribue para o aumento do aquecimento global).

Além de ameaçar o meio ambiente esse modelo ainda pode afetar seus consumidores diretamente, uma vez que os agrotóxicos utilizados nas sementes podem sim afetar a planta até sua fase final, e por sua vez afetar seu consumidor. Os agrotóxicos utilizados nas lavouras no Brasil são banidos em vários países segundo a própria Anvisa, o tornando não apenas no maior consumidor como também o país com maior números de agrotóxicos banidos no mundo. Esses produtos atingem tanto os trabalhadores que em muitos casos são expostos a esses produtos, quanto os seus consumidores. Segundo a Anvisa em seu último 'Programa de Análise de resíduos em agrotóxicos em alimentos 2013-2015' detectou que em alguns alimentos há ainda chances de existir agrotóxicos. O alimento com maior risco é a laranja com (12,1%), depois o abacaxi (5%) e o couve com (2,2%).


CONCLUSÃO
Apesar de viável no sentido econômico, sendo altamente lucrativo, e de 'conseguir' suprir a demanda da população, o agronegócio não é viável no sentido ambiental. É fato que mudanças não serem tão bem vistas no sentido econômico, mas elas são necessárias para o bem-estar da população e principalmente, do meio ambiente. O agronegócio necessariamente não tem que acabar, porém mudanças são necessárias. Uma delas seria a utilização de técnicas sustentáveis como a do pousio, da rotação de culturas e a pausa na utilização de produtos químicos nas lavouras. Com um pensamento menos capitalista, e mais ambiental, podemos diminuir os impactos que já causamos no nosso planeta.


Referências:
http://www.ufjf.br/noticias/2017/07/13/pesquisa-relaciona-crescimento-populacional-e-producao-agricola-de-alimentos/

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1981-77462017000100117&script=sci_arttext

https://jornalismoambiental.uniritter.edu.br/?p=1178

http://www.geocities.ws/carlosgbf/cagua.html

http://www.grupocultivar.com.br/artigos/salinidade-em-areas-irrigadas-origem-do-problema-consequencias-e-possiveis-solucoes

https://geekiegames.geekie.com.br/blog/ciclos-biogeoquimicos-resumo/

http://portal.anvisa.gov.br/documents/111215/0/PARA+-+Apresenta%C3%A7%C3%A3o+dos+resultados+-+2013+a+2015.pdf/f22c936a-4796-464c-9680-916c29b2bb5c

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a-agropecuaria-os-problemas-ambientais.htm

http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/agricultura-sustentavel-brasileira/

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a-revolucao-verde.htm

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